CUMPRINDO UM CHAMADO. COMPROMISSO COM A PALAVRA DE DEUS!

Por 28 anos da minha vida eu fui do mundo, até que Ele me chamou e me mostrou a glória que é viver conforme Sua Palavra. Enquanto estava no mundo usava meu dom da comunicação para as coisas do mundo. Agora que sou de Jesus resolvi usar o dom e a profissão que Ele me deu para divulgar seu Evangelho e tentar alcançar almas que ainda O desconhecem. Um dia Ele me disse: "Fale! Fale de mim por onde fores e para quem encontrares e Eu cuidarei dos teus". Então tudo que aprendo quero dividir com os filhos e, principalmente, com as criaturas. Eu queria poder gritar aos quatro cantos do mundo a maravilha que é servir e seguir a Jesus. Como isso é um tanto difícil, vou aproveitar a blogosfera.
Leia, comente, torne-se seguidor desse blog. Que Deus derrame chuva de bênçãos sobre tua vida!!!



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SÉRIE DE ESTUDOS WIERSBE - A BIBLIA EXPLICADA DE MANEIRA CLARA E CONCISA

Adquiri a obra “Comentário Bíblico Wiersbe – A Bíblia explicada de maneira clara e concisa” dividida em dois livros: Antigo e Novo Testamento. Trata-se de uma obra que complementa a leitura da Bíblia, explicando e contextualizando os capítulos de Gênesis à Apocalipse, ajudando em sua compreensão e em como seus ensinamentos se aplicam às nossas vidas em qualquer tempo. Decidi começar a postar aqui neste blog um resumo dos comentários retirados do livro Wiersbe exatamente como se apresentam: separados por capítulos, intitulados com o nome de cada livro que compõe a Bíblia. Vou postando-os conforme for estudando-os, dando uma pausa entre um livro e outro para outras postagens. Tenho certeza que, de uma forma ou de outra, será útil para muitos que por aqui navegarem, pois a Palavra de Deus nunca volta vazia! Acompanhe abaixo ou no menu ao lado. Nesta primeira etapa começamos do princípio, com Gênesis.

Que Deus abençoe a todos!!!

segunda-feira, 24 de maio de 2010

GÊNESIS 25-27

Isaque era filho de um pai famoso (Abraão) e pai de um filho famoso (Jacó). Viveu mais que qualquer outro patriarca, porém sua vida foi menos empolgante.

1) Isaque, o pai (25)

a) Uma casa ilustre (vv. 1-11): A morte de Abraão mostra o que a fé pode fazer por um homem. Ele morreu em paz (veja 15:15); morreu “ditoso” (satisfeito), e morreu em fé (Hb 11:13ss). Essa foi a herança que Abraão deixou para seu filho: seu exemplo piedoso (18:19), a tenda e o altar (veja 26:25) e a promessa maravilhosa de Deus (26:2-5). Essas bênçãos espirituais representam muito mais para um filho que os bens materiais.

b) Uma casa frustrada (vv 12-23): O cumprimento da promessa da aliança de Deus exigia que Rebeca e Isaque tivessem um filho, contudo ela foi estéril nos primeiros vinte anos do casamento deles (vv 20,26). A batalha com o filho não nascido desorientou Rebeca, portanto ela pediu sabedoria a Deus (Tg 1:5). Deus disse-lhe que nasceriam duas nações e, ao contrário do costume, a mais velha serviria à primeira. Essa é uma evidência clara da eleição soberana de Deus (Rm 9:10-16). A escolha dele não se fundamenta nas obras dos meninos, pois estes ainda não haviam nascido e, portanto, não tinham feito bem nem mal.

c) Uma casa dividida (vv. 24-34): O primeiro menino era cabeludo e chamava-se “Esaú” (Peludo); sua ligação com o ensopado vermelho rendeu-lhe o apelido de “Edom” (Edomitas), que significa “vermelho” (v.30). Jacó nasceu segurando o calcanhar de Esaú (como para apanhá-lo e derrubá-lo) por isso foi chamado de “Jacó” – o “apertador de calcanhar” (suplantador, maquinador, enganador). O esquema de Jacó para conseguir o direito de nascimento mostrou que ele duvidava do cumprimento da promessa de Deus em 25:23. “Fé é viver sem esquemas!”. Esaú escolheu a carne, não o Espírito. Não lemos nunca a respeito de Esaú ter uma tenda ou um altar e 26:34-35 indica que ele amava as mulheres mundanas. Hebreus 12:16 descreve Esaú como “profano”, o que significa “do mundo, comum” (em latim, profanus – “fora do templo”). Esaú como muitas pessoas de hoje, era um sucesso no mundo e um fracasso com Deus.


2) Isaque, o peregrino (26)

a) Ele enfrenta as tentações de seu pai (vv. 1-5): Reveja 12:10ss, quando Isaque iniciou viagem em direção ao Egito, mas Deus, em sua graça, interrompeu a jornada e parou-o.

b) Ele repetiu o pecado do pai (vv.6-11): Isaque e Rebeca adotaram essa “meia-verdade” de que eram irmãos com o mesmo resultado triste – perda da bênção, perda do testemunho e reprovação pública por um rei pagão.

c) Ele cava de novo os poços do pai (vv. 12-22): Os poços de água falam dos recursos divinos de Deus para a vida espiritual (Jo 4:1-14). Abraão cavou esses poços, mas o inimigo roubou-os e bloqueou-os. Como isso é verdade hoje! O mundo tirou de nós os poços espirituais em que nossos pais bebiam. Precisamos voltar aos poços antigos (como a oração, a Bíblia, o altar familiar, a igreja). Isaque não apenas abriu-os de novo, mas chamou-os pelos mesmos nomes que Abraão chamava (v.18).

d) Ele confiou no Deus de seu pai (vv.23-35): Isaque, contanto que estivesse longe de Canaã, teria conflito, mas quando voltou para Berseba (“o poço do juramento”), Deus encontrou-se com ele e reconciliou “com eles os seus inimigos” (Pv. 16:7).


3) Isaque, o abençoador (27)

É triste dizer que esse capítulo, no que diz respeito ao aspecto espiritual, descreve toda a família de forma ruim. Em 25:28, vimos a divisão da casa, e agora veremos os resultados pecaminosos dessa divisão carnal.

a) O pai decadente: A impaciência dele em abençoar Esaú sugere que seguia seus planos carnais, não a vontade de Deus. Ele esquecera a palavra de 25:23, ou tentava mudar os planos de Deus? Observe como agora ele depende de seus sentidos (tato, olfato, paladar). Note também que alimentar o corpo tem prioridade a fazer a vontade de Deus. Isaque, certa vez, deitara-se no altar e desejara morrer pelo Senhor. Que mudança!

b) A mãe duvidosa: Deus contou a Rebeca que Jacó receberia a bênção de Deus, contudo ela planejou e tramou o recebimento da herança a fim de certificar-se de que Esaú seria deixado de lado. Ela pagou caro por seu pecado: nunca mais viu seu filho (veja vv.43-45). Esaú agiu deliberadamente para magoá-la, e o mau exemplo que deu Jacó custou a ele vinte anos de provações.

c) O filho enganador: Jacó é o retrato perfeito do hipócrita: sua voz e mãos não concordam (o que ele diz é diferente do que faz), ele engana os outros. “Sabei que o vosso pecado vos há de achar” (Nm 32:23).

d) O irmão desesperado: O pecado em família sempre traz sofrimento e mal-entendido. Se Isaque e Rebeca não “tomassem partido” em relação a seus dois filhos; se continuassem a orar a respeito dos assuntos como faziam no início do casamento; se eles permitissem que Deus fizesse as coisas da Sua maneira, os acontecimentos teriam sido diferentes.

domingo, 23 de maio de 2010

GÊNESIS 23-24

Esses dois capítulos contrastam um com o outro, pois em um deles temos um funeral, e no outro, um casamento. A terra de Canaã é “terra de montes e vales” (Dt 11:11); a vida Cristã tem mágoas e alegrias. O primeiro pedaço de terra que Abraão possuiu em Canaã foi um túmulo! Abraão lidava com seus assuntos de negócios, certificando-se de que tudo fosse feito “com decência e ordem”. É vergonhoso que crentes efetuem transações de negócios questionáveis, especialmente com aqueles que são perdidos.


1) O exemplo de dedicação de Abraão (24:1-9)

Abraão quer certificar-se de escolher a noiva certa para Isaque. É claro que aqui vemos uma imagem do Pai celestial escolhendo a noiva (a igreja) para Seu Filho (Cristo). A mulher deveria vir de uma família de Deus; ela não deveria ser pagã. Primeira aos Coríntios 7:39-40 admoesta: “Somente no Senhor” (veja também 2Co 6:14-18).


2) O exemplo de devoção do servo (24:10-49)

* O servo é a imagem do Espírito Santo cujo trabalho é trazer o perdido a Cristo e, assim, suprir uma noiva para ele. O relato não fornece o nome do servo, pois o ministério do Espírito Santo é apontar para Cristo e glorificá-lo.

* O servo é um exemplo para quando procuramos servir ao Senhor.

* O servo pensa apenas em seu senhor e na vontade deste.

* O servo recebeu ordens de seu senhor e não as mudou nem um pouco.

* A hospitalidade da casa era agradável, mas ele tinha um trabalho a fazer para seu senhor e tudo o mais podia esperar.

* Quando voltou para casa prestou contas ao seu senhor (v.66), exatamente como devemos fazer quando vemos Cristo.

 
3) O exemplo de decisão de Rebeca (24:50-67)

Com freqüência, o mundo aconselha o pecador a esperar, exatamente como Labão recomendou a sua irmã. (Entretanto, observe que Labão, quando se trata de conseguir coisas materiais, apressa-se [vv. 28-31]; Perguntamo-nos se ele convidou o servo para entrar na casa por cortesia ou por cobiça! Isaque retrata o nosso Senhor que foi ao calvário a fim de morrer por nós e depois retornou ao céu para esperar por sua noiva. Depois, Isaque, quando a noiva se aproxima, apareceu para recebê-la. Eles se encontraram justo quando anoitecia, portanto será noite neste mundo quando Cristo retornar para sua noiva. A fé de Rebeca foi recompensada: registrou-se o nome dela na Palavra de Deus; ela compartilhou o amor e a riqueza de Isaque e tornou-se uma parte importante no plano de Deus.



GÊNESIS 21-22

Registram três testes que acontecem na vida de Abraão. Os testes de fé são oportunidades de crescimento e vitória.



1) O teste da família (21:1-21)



É mais difícil viver para Cristo em família. Abraão já fora testado em família por seu pai (11:27-32), por seu sobrinho Ló (caps. 12 – 13) e por sua esposa (cap. 16). Vemos aqui o conflito entre seus dois filhos, Ismael (que de acordo com com 16:16 estava no fim da adolescência) e Isaque (desamamentado, com cerca de 3 anos).

 

a) A carne versus o Espírito: Ismael era filho da carne (v.16) e Isaque era filho da promessa. Sempre há conflito entre a carne e o Espírito, a antiga natureza e a nova natureza (Gl 5:16-24). A única forma de dominar a antiga natureza é aceitar a avaliação que Deus faz dela e obedecer à Palavra de Deus. Abraão amava Ismael e ansiava por apoiá-lo (21:10-11; veja também 17:18), mas Deus disse-lhe: “Mande-o embora!”.





b) A antiga aliança versus a nova aliança: Agar simboliza a antiga aliança da lei, identificada com a Jerusalém terrena da época de Paulo. Sara simboliza a nova aliança da graça, identificada com a Jerusalém celestial. Ismael nasceu da carne e era filho de uma escrava. Isaque “nasceu do Espírito” e era filho de uma mulher livre. Esses dois filhos retratam os judeus sob a escravidão da Lei e os verdadeiros cristãos sob a liberdade da graça.




c) A maneira do homem versus a maneia de Deus: A melhor maneira de resolver qualquer problema é a de Deus. Agar esqueceu da promessa de Deus (16:10); de outra forma, ela não teria ficado desesperada.






2) O teste dos vizinhos (21:22-34)



Os crente devem ter cuidado ao relacionar-se com “os que são de fora” (Cl 4:5; 1T 4:12; 1Tm 3:7). Abraão deu um bom testemunho diante de seus vizinhos não-salvos, e o conflito em relação ao poço poderia ter arruinado isso para sempre. É importante que os testes que enfrentamos com a vizinhança ou nos negócios sejam estabelecidos de forma cristã (veja Rm 12:18).

 

3) O teste do Senhor (22:1-24)

 

Satanás tenta-nos para que exponhamos o pior de nós, mas Deus testa-nos a fim de nos ajudar a trazer à tona o melhor de nós (veja Tiago 1:12-15). Os testes mais difíceis vêm do Senhor, contudo sempre são acompanhados das bênçãos mais excelentes. Deus, para sua glória, faz os maiores testes com o santo que caminha mais próximo do Senhor.







a) A lição tipológica:



* Isaque e Cristo eram filhos prometidos;



* Os dois nasceram de forma milagrosa;



* Os dois foram perseguidos pelos irmãos e foram obedientes até a morte;



* Isaque questionou seu pai; Jesus perguntou: “Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste” (MT 27:46);



* Na próxima vez que vemos Isaque, ele está recebendo sua noiva (24:62ss). Da mesma forma, Cristo deu-se na Cruz, voltou ao céu e, um dia, retornará para receber sua noiva, a igreja.

 

b) A lição prática: A verdadeira fé sempre é testada. É óbvio que Deus não queria a vida de Isaque; ele queria o coração de Abraão. Como Abraão passou nesse teste? Graças ao fato de ele ter confiado nas promessas de Deus (Hb 11:17-19).



* Abraão sabia que Deus não mentiria, portanto ele confiou em Sua Palavra imutável.



* Abraão obedeceu sem demora.




Se fizermos o que Deus nos ordena a fazer, ele revelará o próximo estágio no momento certo. Deus providenciou um carneiro no exato momento em que foi necessário.

c) A lição profética: Isaque perguntara: “Onde está o cordeiro?”, mas Deus providenciou um carneiro. A resposta à pergunta dele veio na pessoa de Cristo: “Eis o Cordeiro de Deus” (Jô 1:29).



d) A lição doutrinária: prova-se sempre a verdadeira fé por meio da obediência. Abraão não foi salvo quando ofereceu Isaque, mas anos antes quando confiou na promessa de Deus (Gn 15:6).

quinta-feira, 20 de maio de 2010

GÊNESIS 18 – 20

Esses capítulos registram três visitas, e cada uma delas trás uma lição espiritual.

1) A visita de Cristo a Abraão (18) – Um dos visitantes celestiais era o Senhor Jesus Cristo.

a) A Comunhão de Abraão dom Cristo (vv1-8): Esses versículos retratam a comunhão amorosa do Crente com Cristo. Abraão não poupa sacrifícios para fazer com que Cristo “sinta-se em casa”, sentido figurado da habitação de Cristo em nosso coração.

b) A confissão de descrença de Sara (vv 9-15): Sara parece rir graças à incredulidade carnal; riu porque duvidou das promessas de Deus.

c) A confissão de Cristo em Abraão (vv 16-22):

* Os anjos saíram e foram para Sodoma, mas Cristo ficou para trás a fim de visitar Abraão;

* Cristo não esconde nada de seu amigo. Em João 15: 14-15, Cristo promete revelar seus desejos para seus amigos;

* Abraão sabia mais sobre Sodoma que Ló que vivia em Sodoma.


Os Cristãos obedientes, separados, sabem mais sobre este mundo que os filósofos ateístas”.


d) A preocupação de Abraão com Ló (vv 23-33): Abraão amava muito a Ló, apesar de ló ser mundano e incrédulo, pois Abraão o criou como filho. Abraão com persistência e ternura intercedeu em favor de Sodoma.

2) A visita do anjo a Ló (19)

* Cristo não acompanhou os anjos porque não se sentiu “em casa” na moradia do apóstata mundano (Ló);

* Ló não caminha na luz, perdeu seu altar, sua tenda, sua amizade com Deus, seu padrão espiritual e o testemunho diante da família;

* Isso começou quando ele “levantou os olhos” (Gn 13:10) e escolheu a sua terra caminhando pela visão e não pela fé e vivendo para as coisas do mundo;

* Ló se casou com uma mulher mundana, pois ela tinha seu coração em Sodoma e não conseguia deixar a cidade para trás.

Os dias finais de Ló foram cheios de escuridão e de pecado quando ele cometeu incesto na caverna com suas filhas.

O filho que Ló teve com sua primogênita se chamava MOABE, que significa “DE NOSSO PAI”. Moabe é o pai dos Moabitas.

O filho que Ló teve com sua filha caçula se chamava BEN-AMI, que significa “filho do meu parente”. Ben-Ami foi o pai dos Amonitas.


→ Os Moabitas e os Amonitas, frutos do incesto foram inimigos dos judeus durante séculos, o que significa que a carne luta contra o espírito.


As visitas:

* O próprio Cristo visitou Abraão, mas apenas os anjos foram a Sodoma visitar Ló;

* Cristo tinha uma mensagem de júbilo para Abraão e Sara, mas os anjos tinham uma mensagem de julgamento para Ló;

* A visita para Abraão ocorreu de dia, mas a de Ló ocorreu de noite;

* Abraão tinha força diante de Deus, mas Ló não tinha influência nem mesmo na própria família;

* Abraão trouxe bênção para o mundo, mas Ló, problemas (amonitas e moabitas).


 
Gn 18: 9-12: A pergunta de Deus “Onde está:” segue seu padrão regular de fazer convocações à Sua criação, como ele perguntou a Adão (Onde estás, Adão?) e a Caim (Onde está Abel, teu irmão?). A expressão “daqui a um ano” significa “o tempo onde tudo se renova”.

3) A visita de Abraão em Gerar (20)

* Esse capítulo começa com a repetição de um pecado antigo – Abraão mente a respeito de sua esposa (veja 12: 10-20):

“Mesmo o santo mais dedicado deve estar constantemente em guarda para que satanás não o derrube”.

* Abraão ao mentir sobre sua esposa mostrou egoísmo e incredulidade e quase destruiu sua vida e o futuro da nação judaica, pois se Abimeleque tivesse ficado com Sara, isso alteraria o plano de Deus para o nascimento de Isaque no ano seguinte.



 

GÊNESIS 15 -17

Capítulos com rica mina de verdade espiritual e também tratam da terra de Canaã e do programa maravilhoso que Deus tem para Seu povo, Israel.

1) Os termos da aliança (15)



a) O Cenário: Abraão acabara de derrotar os reis e vencera a grande tentação do rei de Sodoma, então Deus interfere a fim de encorajá-lo.

b) A Súplica: Abraão queria um herdeiro e com 85 anos, há dez esperava pelo filho prometido. Ele não foi salvo pela lei porque ela ainda não tinha sido dada; nem pela circunstância porque ela ainda não tinha sido instituída, mas pela fé na Palavra de Deus.



c) O Sacrifício: a salvação fundamentada em sacrifício, pois a aliança exige derramamento de sangue. Abraão oferece sacrifícios e trabalhou para manter satanás afastado (prefigurado pelas aves no versículo 11). Deus agiu enquanto Abraão dormia (vv 2:21), pois Deus faz grandes coisas enquanto estamos desamparados.



d) A garantia: Abraão queria saber com certeza o que Deus faria. A garantia vem da Palavra do Senhor. Esse capítulo nos mostra que:



* não pode haver herança sem filiação (Rm 8:16-17).



* não pode haver retidão sem (Rm 4:3).



* não pode haver garantia sem promessas.



* não pode haver bênçãos sem sofrimento.

 

“Antes que Abraão veja as estrelas de Deus é preciso que escureça”.



2) O teste da Aliança (16)


No capítulo anterior, Abraão escutou a Deus e exercitou a fé. Aqui ele escutou sua mulher e revelou sua incredulidade.


Abraão deixou de caminhar no Espírito e passou a caminhar na carne.


Deus teve de esperar até que estivessem velhos para lhes dar o filho, pois eles tinham que morrer para si mesmos a fim de que Deus pudesse operar (Gl 5:16-26)


Sara vira-se para o mundo em busca de ajuda e encontra Agar: surgem as obras da carne.


 



Lição dessa passagem:


“Sempre há problema quando passamos à frente de Deus”.



A carne adora ajudar a Deus, mas demonstramos a verdadeira fé na paciência (Is 28:16).


Não podemos misturar fé e carne, lei e graça, promessa e auto-realização.

 

3) O símbolo da Aliança (17)

Há 13 anos de silêncio entre os acontecimentos desse capítulo e o nascimento de Ismael.


* Deus revelou-se como “O Deus Todo-Poderoso” – El Shaddai, “O Todo-Suficiente”.


* O cumprimento da aliança repousa sobre Deus, não sobre o homem.


a) Os novos nomes:


Abrão: pai da exaltação → Abraão: pai de uma multidão

Sarai: briguenta → Sara: princesa



b) O novo sinal (circuncisão)



* Primeira menção à circuncisão na Bíblia



* A finalidade era lembrá-los da circuncisão interior do coração que acompanha a verdadeira Salvação:



Circuncidai, pois, o vosso coração”, Dt 10:16.



Ver também: Jr 4:4; Rm 4:11 e Gl 5:6.



* Devia-se realizar o ritual no oitavo dia de vida e é interessante notar que 8 é o número da ressurreição.

 

Ismael: significa “Deus ouve”



Deus ouviu o pedido de Abraão para abençoar seu filho Ismael, embora fosse filho da carne.



Isaque: significa “riso”, “ele ri”.



O riso de felicidade de Abraão ao ser abençoado por Deus com um herdeiro, filho da Promessa.

 

* No versículo 17 o riso de Abraão é de fé jubilosa; o de Sara foi de descrença.

GÊNESIS 13:5 – 14:24

Relata o fracasso de Ló, crente mundano que perde tudo no fogo do julgamento. Contudo, ainda assim, é salvo pelo fogo!


1) O Conflito (13: 5-7) – A causa exterior para a separação de Abrão e Ló era o aumento da riqueza; a causa real era a incredulidade e carnalidade de Ló.

2) A Escolha (13:8-18) - O verdadeiro “eu” de uma pessoa se mede por suas escolhas. Ló revela:

a) Orgulho (vv 8-9): Ló põe-se à frente de Abraão e não o respeita por ser mais velho.



b) Incredulidade (v.10a): Se Ló consultasse a Deus descobrira que o Senhor destruiria Sodoma, mas confiou na sua própria visão e escolheu a cidade rica e pecaminosa.



c) Mundanidade (v.10b): Ló caminhava segundo a carne e vivia para as coisas do mundo. Para ele, Sodoma parecia irrigada e fértil, mas para Deus ela era pecaminosa.



d) Egoísmo (v.11): Deixou o tio generoso e tentou pegar “o melhor” para si mesmo.

e) Negligência (v.12): Ló olhou para Sodoma, rumou para Sodoma e passou a morar em Sodoma, julgando-a pelo que seus olhos viram.




As pessoas do mundo afirmam o que seus olhos podem ver; as pessoas da fé declaram o que os olhos de Deus vêem. Deus sempre dá o melhor para aqueles que deixam a escolha por conta dEle”. Ver Mateus 6:33.


3) O Cativo (14:1-12) – Caminhou pela visão em vez de caminhar pela fé e acabou cativo.


4) A Conquista (14:13-24) – Abraão, depois da vitória, enfrenta grande tentação quando se encontra com o rei de Sodoma. Satanás tenta-nos logo após uma grande vitória espiritual. Se Abraão não tivesse vigilante, “em espírito”, sucumbiria à sutil tentação e usurparia toda a glória de Deus.







Hebreus 5 e 7 deixa claro que Melquisedeque (“rei da retidão) é um tipo de Cristo, nosso sumo sacerdote divino.

* Abraão honrou Melquisedeque ao pagar-lhe o dízimo de tudo;



* Esse é o primeiro exemplo de dízimo na Bíblia.

quarta-feira, 19 de maio de 2010

GÊNESIS 12 – 13:4

Inicia-se com a caminhada de fé de Abraão



Abrão (nome original) = pai da exaltação

Abraão (nome mudado) = pai de uma multidão


* Abraão foi chamado por Deus para começar o cumprimento de sua promessa de Gn 3:15, o envio do Salvador ao mundo. Abraão era da linhagem de Sem e era o pai da nação judaica.



1) A resposta de fé de Abraão (12:1-9)

a) A aliança (vv 1-3) – Deus prometeu a Abraão uma terra, um grande nome, uma grande nação e uma bênção que se espalharia pelo mundo. Abraão teve muita fé para acreditar nas promessas, pois ele não tinha filhos e ele e a esposa eram idosos.

b) A concessão (vv 4-6) – Deus ordenou que Abraão partisse com sua esposa, mas ele levou Ló junto porque este era órfão. Deus permitiu por um tempo, mas para que os planos se cumprissem teve que separar Abraão de Ló, que lhe criou sérios problemas.

c)A confissão (vv 7-9) – Abraão não hesitou em confessar sua fé diante de uma terra pagã. Onde ele ia, construía sua tenda e seu altar.



* A tenda → fala do peregrino, a pessoa que confia em Deus, um dia de cada vez, e está sempre pronta para se mover.



* O altar → fala do adorador que traz um sacrifício e o oferece a Deus.



→ Betel “a casa de Deus” fica no ocidente.

→ Ai “um monte de ruínas” fica no oriente.


Em 13:11, Ló virou as costas à casa de Deus e fez sua jornada em direção ao oriente, de volta ao mundo e com resultados desastrosos.

Abraão sempre que se afastou da vontade de Deus, perdeu a tenda e o altar.



 

2) O lapso de fé de Abraão (12:10-20)


* Havia fome no local a que Deus conduziu Abraão;

* Deus testava sua fé para saber se confiava em Deus ou na terra;

* Ele não confiou em Deus e saiu de Canaã para ir ao Egito;

* Abraão abandonou sua tenda e seu altar e confiou no mundo.



“Ver Isaías 31:1”



a) A decepção (vv 11-13) – Ao chegar no Egito Abraão mandou sua esposa mentir ao Faraó que era sua irmã, o que parece que ele estava mais preocupado com sua própria segurança que com a de sua esposa e com os planos de Deus. Mas Deus revelou a mentira para que sua promessa se cumprisse.



Abraão, sem sua tenda e seu altar, agia como as pessoas do mundo.



b) A disciplina (vv 14-20) – Quando Deus expôs a mentira de Abraão ele foi repreendido por um rei infiel (o Faraó) e isso foi vergonhoso para um homem de fé como Abraão. O cristão dá testemunho pobre quando se mistura com o mundo e faz concessões. Abraão não deu testemunho e envergonhou o Senhor.

 

3) Abraão retorna à fé (13:1-4) – Arrependimento e confissão é sentir-se contrito pelo pecado e corrigir-se. Abraão teve que abandonar o Egito e voltar ao local onde havia abandonado Deus, onde estava sua tenda e seu altar.



PRINCÍPIO A SER SEGUIDO PELOS CRISTÃOS:

Não ir a lugar algum deste mundo em que têm de deixar seu testemunho para trás. Qualquer lugar onde não possamos construir o altar e montar a tenda está fora de nossos limites”.
 

Deus perdoou à Abraão e restaurou a comunhão com ele, mas não pode invalidar as tristes conseqüências da viagem ao Egito.



a) Tempo perdido – viajando ao Egito, Abraão e sua família perderam tempo que não pode ser recuperado.

b) Testemunho perdido – Ao enganar o Faraó, Abraão perdeu a oportunidade de testemunhar o verdadeiro Deus ao Faraó e ganhar sua alma.


 
Que tristeza sentiremos no julgamento de Cristo quando encararmos Deus e descobrirmos quantas almas foram para o inferno por causa do pobre testemunho dado por cristãos carnais!



c) O lugar de Agar na família – Agar, serva de Sara, veio do Egito e trouxe sérios problemas para a família.



Tudo que trazemos conosco do Egito (o mundo infiel) causa-nos problemas.



Ao decidirmos caminhar com Cristo, devemos ser crucificados para o mundo e nos certificar de que o mundo está crucificado para nós.



d) A alegria de Ló com o Egito – Abraão tirou Ló do Egito, mas não pode tirar o Egito de Ló. Abraão acabou desviando Ló. É uma vergonha quando um Cristão maduro acaba desviando um cristão jovem.

terça-feira, 18 de maio de 2010

GÊNESIS 9-11

1) A aliança de Deus com Noé (9:1-17)
Aqui a “aliança” significou o “corte” dos sacrifícios quando Deus estabeleceu um acordo com Noé e estendeu a toda humanidade.

 

** Os termos da aliança

a) Deus não tornará a destruir a humanidade com um dilúvio;

b) O homem pode comer a carne animal, mas não o sangue;

c) Terror entre o homem e a besta;

d) Os seres humanos passam a ser responsáveis pelo governo humano e deu ao homem a responsabilidade de punir o assassino.



** O Arco-íris: símbolo e garantia da aliança. Suas cores representam a graça de Deus em suas múltiplas formas. Não significa que o arco-íris apareceu pela primeira vez naquele momento.

Porei nas nuvens o meu arco; será por sinal da aliança entre mim e a terra” (Gn 9:13).



* “Porei” e “será” = verbos do futuro



2) A maldição de Noé sobre Canaã (9:18-29)

a) O pecado: Esse é o terceiro fracasso do homem. 1º> ele desobedeceu no Éden e foi expulso; segundo; 2º> ele corrompeu a terra e foi exterminado com o dilúvio; 3º> (aqui) torna-se um beberrão vergonhoso.

b) A maldição: Essa é a terceira maldição em Gênesis. Noé amaldiçoa o seu neto Canaã, filho de seu filho Cam, e toda sua descendência (os judeus e outros povos cananeus conquistados mais tarde por Israel. Assim a maldição cumpriu-se na conquista da terra prometida). A terra de Canaã inclui não apenas o território de Israel, mas também a terra a leste do Rio Jordão. Acredita-se que os habitantes de Canaã tenham migrado da Arábia, onde Cam se estabeleceu.






Israel são os Cananeus, descendentes do filho amaldiçoado de Noé e é nação escrava dos Gentios e Judeus, descentendes dos filhos abençoados de Noé.







3) A confederação de Ninrode contra Deus (11:1-9)

 
a) O ditador (10:6-14

* Ninrode: neto de Cam e bisneto de Noé.

* ”Ninrode” significa “rebelde”.

* Ele fundou o Império Babilônico e organizou o empreendimento que levou à construção da Torre de Babel.

* Ao lado da esposa inventou uma nova religião fundamentada em torno da “mãe do filho”.



Babilônia significa: rebelião contra Deus e confusão na religião.


 
b) A rebelião: caminharam “do Oriente” o que sugere que deram as costas à luz. Eles decidiram se unir e construir uma cidade e uma torre.

→ Objetivos da construção da Torre de Babel:

(1) Manter a unidade na oposição a Deus;

(2) Tornar-se famosos.

Essa operação é um vislumbre prévio da oposição final do homem (e de satanás) contra Cristo (Babilônia de Apocalipse 17 e 18):

* Os homens se unirão em uma igreja e organização política mundanas;
 
* Serão guiados pelo anticristo, o último ditador do mundo;

* Seus planos serão frustrados.



HOJE → O mundo, graças às Nações Unidas e outras alianças internacionais, caminha com rapidez em direção ao conceito de “um mundo”.
 

c) O julgamento

 
→ Babel: palabra hebraica, significa “portão de Deus”. Soa como “balal” que significa “confusão”.

Explica a origem das línguas da humanidade.

* Contrário de Pentecostes, onde havia verdadeira união espiritual entre o povo de Deus; falavam em outras línguas, mas se compreendiam e seu trabalho glorificava a Deus, não ao homem.



4) Deus chama Abraão (11:10-32)

 
Deus escolhe Abraão e dá início à nação hebraica.

Deus escolheu Abraão e Sara que não podiam ter filhos. Aos olhos do ser humano isso foi uma tolice. Mas era parte do plano de Deus, o que trouxe grande glória para Ele e grande bênção para o mundo. Deus mostrou Seu poder dando filhos ao casal escolhido.

GÊNESIS 5 – 8

* Os capítulos de 5 a 8 falam do dilúvio e da fé de Noé


1) O dilúvio sob o ponto de vista histórico:



a) O fato do dilúvio: arqueologia comprova que muitas civilizações primitivas tinham tradições relacionadas ao dilúvio. Ele realmente ocorreu.



b) A finalidade do dilúvio: houve o dilúvio porque as pessoas se corromperam, e a terra estava cheia de violência. Deus enviou o dilúvio a fim de destruir a humanidade.



c) A sequência dos eventos do dilúvio: se contarmos o ano da criação de Adão como o ano 1, então:

 



* 1056 (a.C) – Noé nasceu.



* 1536 (a.C) – Iniciou a construção da arca, com 480 anos de idade.



* 1656 e 1657 (a.C)– Ocorreu o dilúvio (Noé tinha 600 anos de idade).



* 10/02/1656 (a.C) – Noé e sua família entram na arca.



* 17/02/1656 (a.C) – Início do dilúvio.



* 23/03/1656 (a.C) – A arca repousou no monte Ararate.



* 01/01/1657 (a.C) – Noé removeu a cobertura da arca e olhou a terra.



* 27/02/1657 (a.C) – Todos saíram da arca.

 

d) A arca: 180 metros de comprimento, 30 metros de largura e 18 metros de altura (180m X 30m X 18m). Outra medida possível: 137m X 23m X 14m. Tinha três pavimentos, uma janela e uma porta.



e) O dilúvio: na época de Noé a chuva era algo novo na terra, o que torna a fé de Noé ainda mais maravilhosa.


 

2) O dilúvio considerado de forma tipológica: a arca é uma imagem tipológica de nossa salvação em Cristo. A salvação e a arca foram planejadas por Deus.



Jesus


- Uma forma de salvação


- Libertará a criação


- Salva do castigo vindouro quando cremos


- Saiu do sepulcro o cabeça de uma nova criação e pai de uma nova família


Arca



- Uma porta


- Salvou a humanidade e as criaturas


- Salvou Noé e sua família porque eles creram


- Saiu da arca o cabeça de uma nova criação com sua família



3) O dilúvio considerado de forma profética:

Lc 17:26 e MT 24:37-39: Cristo ensina que os dias anteriores ao arrebatamento e à tribulação serão como os dias de Noé antes do dilúvio:

* Explosão Populacional (6:1):Como se foram multiplicando os homens na terra...



* Corrupção moral (6.5):Viu o Senhor que a maldade do homem se havia multiplicado na terra e que era continuamente mau todo desígnio do seu coração



* Violência (6:11,13):A terra estava corrompida à vista de Deus e cheia de violência (...) então, disse Deus a Noé: resolvi dar cabo de toda carne, porque a terra está cheia de violência dos homens; eis que o farei perecer juntamente com a terra



* Expansão das artes e das indústrias (4:16-22):Caim edificou uma cidade”; “Jabal, pai dos que criam gado”; “Jubal, pai dos que tocam arpa e flauta”; “Tubalcaim artífice de instrumento cortante de bronze e ferro



* Falta de consciência, assassinato (4:23-24):Lameque confessa que matou um homem que o feriu e um rapaz que o pisou”; “vingança de Caim e Lameque



* Verdadeiros crentes são minoria (6:8-10):Somente Noé achou graça diante do Senhor, somente ele e sua família foram fiéis a Deus, por isso foram salvos


 
*** O julgamento está a caminho, mas poucos escutam, e um número ainda menor crê nisso (2Pe 3).


“Hoje julgamento pelo FOGO, não pela água”



 
4) O dilúvio considerado de forma prática:


* Deus pune o pecado, o antigo morre para que Ele estabeleça o novo;



* Deus adverte, mas sua paciência esgota;



* Deus salva pela fé (Hb 11:7) e pela graça (6:8);



* A fé leva à obediência (6:22, 7:5);



* O testemunho verdadeiro exige afastamento do pecado;



* Deus condena a concessão e a rebelião, mas justifica os santos separados.