João 3:16
Há
muito tempo, antes mesmo de Jesus Cristo nascer, o povo de Israel era escravo
no Egito. Eles sofriam muito e então Deus escolheu Moisés para tirar o Seu povo
de lá, e Moisés deveria falar com Faraó para que os libertasse. Moisés e Arão,
seu irmão, foram falar com Faraó, por duas vezes, mas Faraó não deixou o povo
sair. Deus sabia que Faraó tinha um coração mau, mas isso não iria atrapalhar o plano
de Deus para a libertação do povo de Israel. Como o coração de Faraó continuava
endurecido, dez pragas foram enviadas sobre o Egito até que o povo de Deus
fosse liberto. Essa
preparação para a saída do povo de Israel do Egito foi chamada por Deus de
PÁSCOA. E quando os israelitas entrassem na Terra Prometida, eles deveriam
fazer uma festa para comemorar aquele dia.
Aquela foi a primeira Páscoa e até hoje é comemorada pelos israelitas.
Aproximadamente
1093 anos depois da primeira Páscoa, aconteceu a morte e ressurreição de Cristo
e não aconteceu na época da Páscoa por acaso, não existem acasos para Deus,
tudo tem uma simbologia. Assim como o povo de Israel foi liberto da escravidão
para ir rumo à terra prometida, Cristo derramou Seu sangue para nos salvar,
para nos libertar do pecado e depois de três dias ressuscitou. Assim como para
os judeus a Páscoa significou a passagem da escravidão para a liberdade, para
nós, é a passagem da morte para a vida. Vida com Cristo. Tudo isso pode ser
conferido na Bíblia, mas só pode ser compreendido pela fé e com o coração. Quem
quiser entender melhor sobre a primeira Páscoa, é só conferir o capítulo 12 do
livro de Êxodo.
Aí
eu faço aqui a pergunta que me fiz desde criança. Lembro que eu adorava acordar
e conferir minha “cesta” de “ovos de chocolate” que o “coelhinho” havia
deixado, ao mesmo tempo em que cresci aprendendo que na Páscoa se comemorava a
ressurreição de Cristo. Então eu ficava tentando entender, afinal, qual era a
ligação da morte e ressurreição de Cristo com o “coelhinho”? E se na escola
havia aprendido que coelhos são mamíferos, qual a relação deles com ovos? E dos
ovos com Cristo? E qual a relação dos ovos com chocolate? E do chocolate com
Cristo? Cresci sem entender muito bem, até abrir realmente meu coração para
Deus, e não estou falando de religião, nem de denominação, estou falando da
Única verdade: DEUS e Sua Palavra, que quer você acredite ou não, continuará
sendo, pois Deus não precisa de nossa credulidade, de nossa concordância ou de
nossa permissão para existir e continuar tocando em frente Seus planos para a
humanidade desde a criação do mundo. Nestas minhas indagações muitos me
disseram que era apenas uma estratégia comercial, apenas uma jogada de
marketing para que as indústrias e os comércios faturem, assim como acontece em
outras datas “meramente mercadológicas”.
Na
realidade o que acontece é que é verídica aquela frase muito conhecida de William Shakespeare que diz que “existem mais coisas entre o céu e a
terra do que sonha a nossa vã filosofia”, e com certeza o que acontece na
Páscoa, a exemplo do que acontece no Natal e no dia 01 de abril, tem mais
simbologias ocultas do que possa se rir a incredulidade de alguns. Agora pare
você e pense: qual a ligação da Páscoa com ovos, chocolate e coelhinho? Ah! As
crianças gostam de chocolate, alguns dirão. Sim, mas elas gostam de chocolate
todos os dias, porém não ouvem falar do sacrifício de Cristo todos os dias. Na
Páscoa você diz aos seus filhos que Deus amou o mundo de tal maneira que mandou
Seu Único filho se fazer homem para morrer por nós em uma cruz suportando uma
dor sobrenatural ou você o faz crer na mentira de que um coelho veio pulando
pela noite e depositou ovos de chocolate em uma cesta de vime? Bom, os filhos são
seus, ensine a eles o que quiser, mas imagine se você, depois de todo
sacrifício para dar tudo de melhor para seus filhos, os visse agradecer a outra
pessoa (ou a um ser fantasia) que nada fez por eles, que não trabalha de sol a
sol para alimentá-los, que não daria sua vida para vê-los felizes! Sim, o amor
dos pais pelos filhos é uma amostra do amor incondicional de Deus por nós. E se
ficamos tristes com a ingratidão ou incompreensão dos nossos filhos, imagine
Deus!
E
como se não bastasse, além de dividir a data com um ser saltitante, metido, que
põe ovos de chocolate, Cristo ainda sofre com a hipocrisia. Não adianta se
tornar um ser fraterno durante os três dias que relembram a paixão de Cristo;
distribuir afetos e palavras doces; falar de humanidade, solidariedade e amor,
se a partir da segunda-feira seguinte esses valores, meramente teóricos, só
voltarão a fazer parte de nossas vidas na próxima data que convenha, como no
Natal. Não adianta nos tornarmos seres totalmente espirituais até o domingo de
Páscoa, se nos dias seguintes de nossas vidas não conhecermos realmente Deus,
não buscarmos entendê-LO, despidos de qualquer ideologia pré-estabelecida, de
qualquer conceito preconcebido e nos estribando em nosso próprio entendimento,
a partir de conjecturas que ouvimos durante nossas vidas, sem realmente
buscarmos o conhecimento real e verdadeiro direto na fonte.
Enfim,
é Páscoa e eu desejo que uma real curiosidade e um desejo incontrolável de
descobrir e vivenciar a Verdade todos os dias das suas vidas tome conta do
coração e da alma do maior número de pessoas possível. Deus deu Seu filho por
nós. Cristo deu Sua Vida e Seu sangue por você. Faça alguma coisa real por Ele:
leia e pratique Sua Palavra.